terça-feira, 25 de junho de 2013

We are the world

 A temática filhos começa a ser abordada com alguma naturalidade entre os meus amigos. E isso anda a assustar-me um bocadinho assim... muito. Porque não quero ter essa idade, porque não quero ter essa responsabilidade, porque se há uma parte da minha vida que andou para a frente, há outra que ficou parada lá atrás, aí nos 18 anos, porque ainda estou a crescer e, se não sei cuidar de mim, quanto mais de uma pequena criatura.
 Mas devo confessar (e esta é a parte em que espero que namorado querido não leia o blogue) que esta questão também já não se assume como um grande monstro de três cabeças, que talvez não seja o fim do mundo e que, TALVEZ, seja uma coisa a encaixar para mais breve do que eu pensei. Claro que, para já (ou daqui a 9 meses) está fora de questão por tantas e boas razões que não vale a pena estar a enumerá-las. E sim, já sei que nunca é a altura certa e blá blá blá, mas sei que é preciso querer e eu agora não quero.
 E esta conversa vem a propósito do quê? Oh pá, cada vez acho mais graça a crianças. A sério, eu que não tinha grande paciência, agora acho piada. Como o miúdo que, ao ver uma moradia com o portão e grades azuis insistia que aquilo era uma esquadra da polícia: "Mas ó mãe, tu não estás a perceber? Aquilo é a políííícia!" Não era mas ele tinha a certeza absoluta. Adorável! Ou então o miúdo no autocarro, que ia à janela muito interessado no céu e a tecer mil considerações acerca das nuvens. A avó a ligar-lhe zero. Até que ele pergunta o seguinte: "Ó avó, porque é que as nuvens andam?" ao que avó queridíssima e muito impaciente responde: "Olha, porque sim!" (uma fofa, diga-se). Criança não gostou e diz "amanhã se chover não vou à visita da escola" e avó indignada pergunta porquê. Criança responde com o mesmo ar de desdém da avó "Olha, porque sim!". Lindoooo! Por pouco não fui lá encher a criança de beijos e a avó de estalos.

imagem daqui

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