sábado, 12 de janeiro de 2013

Sábados de manhã #28

 Os dias sucedem-se a uma ritmo frenético e eu sinto que volto a perder totalmente o controlo da minha vida. Tenho um sono incrível, não consigo livrar-me deste cansaço brutal que me deixa os braços dormentes, o pescoço dorido e os olhos tão pesados que tenho a certeza que, se me encostar a qualquer lado, adormeço em dois segundos. Não consigo concentrar-me, não consigo estudar mais de meia hora seguida e, para ajudar à festa, estou em plena época de exames. E com o carnaval à porta. Tenho sempre fome e um peso enorme na consciência cada vez que cedo à tentação, ou seja, quase sempre. Não cumpro planos, não cumpro objectivos, não cumpro prazos. Prontos, sinto-me péssima, ando completamente à deriva e não sinto que tenha forças para mais.
 No entanto, hoje, às 7.30h da manhã, lá venci a preguiça e saltei da cama para vir trabalhar. A verdade é que não tinha mesmo hipótese. E, apesar de ter custado horrores como é habitual, caramba!, valeu mesmo a pena. A sensação de dever cumprido, o ar húmido da manhã com o sol a aparecer entre as nuvens de chuva, respirar fundo e fazer-me à vida. Tenho sono, pois tenho, mas teria sono de qualquer maneira, não interessa a hora de despertar.
 Ora então, por aqui trabalha-se até às 15h e depois queria mesmo estudar até às 19h. Mas queria mesmo mesmo mesmo. Depois tenho um jantar com pessoas do coração e rumo até ao meu espaço, onde regresso sempre que... preciso de me encontrar. E já agora, gostava de ter forças para sair e conversar, rir muito e até dançar um bocadinho. Pode ser, tiróide estúpida? Pode ser, cabeça oca?

imagem daqui



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