sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Coisas da vida #2

 Mais uma semana que chega ao fim e só posso dizer que estou aliviada. Tantos altos e baixos, tantas coisas atiradas para trás das costas e que agora me perseguem enquanto não lido com elas e as resolvo. Tenho que confessar que me desiludo muitas vezes com os outros sem pensar que talvez os outros se desiludam comigo também. Sei que tenho muitos defeitos mas também sei que luto todos os dias por ser uma pessoa melhor, nem que seja pelo motivo egoísta de me tornar, a cada dia que passa, mais feliz.
 Problemas todos temos, é verdade que uns mais que outros, há dias melhores em que quase tudo corre bem e outros dias piores em que só nos apetece fugir. Mas depois vem a verdadeira questão que é saber quem é que tem estrutura, mental e emocional, para lidar com os problemas. Eu acredito que já nascemos com uma pre-disposição para sermos mais ou menos fortes e que depois somos moldados nos primeiros anos pelos nossos pais. Quem teve a benção de sair beneficiado até aqui tem meio caminho. Mas é só meio caminho porque depois tem que haver muito trabalho da nossa parte. Temos que ser capazes de olhar para nós próprios e perceber o que está mal, quais são as nossas fraquezas e combatê-las um bocadinho todos os dias. É fácil? Não, não é. Aliás, até custa muito. Eu tive a sorte de ter ajuda no tal meio caminho e, mesmo assim, ainda tenho tanto para percorrer. E o caminho nem sempre é o melhor, há dias em que só quero deixar-me levar pelas fraquezas, pelos medos e pelas ansiedades, largar tudo e viver como calhar. Mas na maioria dos dias não é assim e cada vez que ultrapasso um obstáculo, que venço alguma fraqueza e que sou mais forte, sou invadida por uma sensação verdadeiramente fantástica. É a este sentimento que me agarro com todas as forças quando sinto que não sou capaz de vencer.
 E depois tento dar mesmo muito valor àquilo que tenho, sejam as "pequenas" coisas da vida como uma música que gosto de ouvir, um jantar que me saiu bem, um banho relaxante, um chocolate na altura certa, aquele abraço quando chego a casa e que enche de força. Ou àquilo que é verdadeiramente importante. Família que gosta de mim e de quem eu gosto tanto. Amigos daqueles mesmo muito bons e com quem sei que posso contar, mesmo quando a vida e a rotina nos afastam. Uma casa que ainda precisa de muito trabalho mas onde sou tão feliz. Apesar de alguns contratempos, tenho saúde que me dá autonomia e possibilidade de viver muito e muitos anos. Tenho um trabalho que, apesar de ganhar uma miséria e de ter que fazer muita ginástica financeira, dá para as minhas coisas. E, acima de tudo, tenho um amor que talvez seja para a vida ou talvez seja só para viver ao máximo enquanto durar. Mas que me faz tão feliz aqui e agora. O resto, são sobressaltos na estrada, que vou tentando ultrapassar a cada passo que dou. "Pedras no caminho? Guardo-as todas, um dia vou construir um castelo..."

imagem daqui

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