A energia que sentia na 2ªfeira depressa se esgotou e
voltei a conjugar o meu verbo favorito: procrastinar. E, quando assim é, quando
chego ao final da semana e sinto que produzi muito pouco, fico péssima e com
raiva de mim mesma. Pudesse eu sair do meu corpo e enchia-me de
chapadas.
Acho que esta inércia é uma doença, um monstro que vive dentro de mim
e que ando a alimentar há demasiado tempo. Não consigo perceber em que momento
exacto perdi o controlo sobre a minha vida e permiti que esta andasse ao sabor de um tempo que julguei infinito. E como é que demorei tanto a aperceber-me disto?
Inicialmente culpei a tiróide e a verdade é que, por culpa dela, sentia-me sempre cansada e sem energia. É muito confortável ter umas análises e uma ecografia para justificar as nossas fraquezas. Iliba-nos de culpas e dá-nos algo real para combater. Mas, supostamente, esse bicho está domesticado e fechado dentro de uma jaula. A tiróide agora anda bem comportada e não devia chatear tanto. Por isso... o problema é meu. E aí é que está a grande questão. As maiores batalhas são aquelas que lutamos contra nós próprios. Tenho que retomar as rédeas da minha vida, forçar-me a agir, organizar-me e deixar, de uma vez por todas, de adiar tudo na minha vida. Não sei o que fazer, não sei por onde começar, não sei sequer se algumas vez serei bem sucedida. Mas, para começar, é bom assumir responsabilidades e admitir que tenho que mudar.
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10.05.2012 |
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