2011 foi também o ano em que,
definitivamente, me instalei em Lisboa e na vida do João. Foi o ano
em que senti, sem sombra de dúvidas, que aquela é a minha casa, a
que escolhi para ser feliz, e aquela para onde tenho vontade de
voltar. Sempre. Está cada vez mais bonita e mais confortável e é
maravilhoso ver que, aos poucos, a nossa casa é o reflexo de nós
próprios. No entanto, esta mudança trouxe também coisas menos boas
e houve momentos de angústia e algum desânimo. O primeiro que
disser que construir uma vida a dois não custa, não traz atritos e
conflitos é um grande mentiroso ou, então, não sabe do que fala.
Às vezes, eu puxo de um lado, ele puxa de outro, eu quero impôr a
minha maneira e ele quer impôr a dele. Não nasci para viver uma
vida aborrecida, muito menos no Amor, não quero nunca cair na
banalidade, não quero nem devo contentar-me com pouco. Caramba, por que
é que não posso ter tudo? Uma pacata vida a dois mas com toda a
intensidade a que temos direito. Por que é que jugam que não é
possível conjugar as duas coisas, a rotina inevitável e a paixão
desenfreada, que nos acelera o coração e dá anos de vida? Eu quero
tudo isto! Quero as brigas sobre questões domésticas mas quero
beijos de saudade, quero momentos de silêncio ao jantar mas quero
mensagens apaixonadas a meio da tarde, quero a tranquilidade de saber
que ele está para chegar mas contar os minutos para ouvir a chave na
porta. Sou uma romântica incurável e disso não abro mão.
Uma coisa é certa: ele
faz-me incrivelmente feliz, mais do que alguma vez pensei que fosse
possível.
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